
Nesta masterclass, o artista e performer Julián Pacomio partilha o seu percurso artístico e o processo criativo do projeto “A Trilogia do Sol”, uma investigação em torno das diferentes intensidades, mitologias e dramaturgias da luz solar ao longo do dia.
A trilogia é composta por “Apocalipsis entre Amigues”, “Toda la Luz del Mediodía” e “Os Teus Mortos”, sendo as duas últimas partes apresentadas no âmbito da BoCA-Bienal de Artes Contemporâneas, na Sala Estúdio Valentim de Barros / TNDMII, nos passados dias 13 e 14 de Setembro, e no Espaço BoCA, no próximo dia 19 de Outubro, respetivamente.

Biografia
Julián Pacomio é artista, performer, curador e investigador. Formado em Belas-Artes e Filosofia, com mestrado em Práticas Cénicas e Cultura Visual, integra o programa PACAP (Lisboa, 2020). O seu trabalho parte da apropriação, tradução e deslocação de materiais alheios, explorando a cópia, o remake e o plágio como formas de criação crítica. Colabora regularmente com artistas e coreógrafos como João Fiadeiro, Carolina Campos, Luis Garay, Gustavo Ciríaco ou Annika Pannitto. Com Ángela Millano desenvolve desde 2018 o projeto Asleep Images, onde investigam imagens performativas latentes ou esquecidas, dando origem a peças como Make It, Don’t Fake It (2019), PSYCHO (2020) ou Point para la Fantasía (2022). A sua prática combina teatro, performance e discurso curatorial, questionando os limites da autoria, da memória e da representação. Apresentou trabalho em instituições como Museu Reina Sofía, La Casa Encendida, Matadero Madrid, CA2M, Tabakalera, Azkuna Zentroa, IVAM, Museu do Chopo (Cidade do México), CCE Montevideo, Temps d’Images, Festival Sâlmon, Atelier Real ou TBA. É cofundador do NOVO FESTIVAL (Lisboa) e curador de ciclos como NO NO NO SOLO SOLO NO e Contemplar una superficie inestable (vencedor do Inéditos, La Casa Encendida, 2021). Faz parte dos coletivos Bullshit (com atividades no México e Uruguai) e Atelier Real. A sua prática assume uma dimensão política e experimental, interligando artes performativas, pensamento crítico e curadoria, num contínuo gesto de recomposição da cena e das suas imagens.