Dino D’Santiago
Adilson

24 – 25 outubro Outras Sessões

Teatro das Figuras Bienal 2025 opera

© Bruno Simão

Numa encomenda e produção original da bienal BoCA, Dino D’Santiago foi desafiado a estrear uma ópera, que cruza história, cultura e a identidade multicultural portuguesa.

“Adilson” é uma ópera em cinco atos dirigida por Dino D’Santiago, a partir do texto original “Serviço Estrangeiro” de Rui Catalão e direção musical de Martim Sousa Tavares. Acompanhamos a jornada de um homem afrodescendente, nascido em Angola, filho de pais cabo-verdianos, que vive há mais de 40 anos em Portugal — sem nunca ter obtido cidadania portuguesa. Chamado D’Afonsa pelos amigos, Nuno pela família, Adilson no passaporte, a sua vida desenrola-se entre salas de espera, processos adiados e um labirinto burocrático que o impede de ser plenamente reconhecido pelo país onde sempre viveu.

Mais do que um indivíduo, Adilson representa milhares de pessoas deixadas nas margens do sistema. A ópera transforma a espera em poesia e faz da invisibilidade um ato de resistência. No culminar da obra, ouve-se o grito que ecoa para além do palco: “Eu não sou português. Eu sou Portugal. Um país à espera.”

Abordando temas como a injustiça social, a discriminação, a fragilidade humana e a esperança, esta primeira incursão de Dino D’Santiago no território da ópera assinala igualmente os cinquenta anos do fim da presença militar portuguesa em terras coloniais nos territórios africanos.

© Telmo Pereira / Lisboa Amsterdam
Telmo Pereira / Lisboa Amsterdam

Sessões

12 – 14.09.25

Centro Cultural de Belém, Lisboa

20:00, 19:00, 17:00

Estreia Mundial

19.09.25

Theatro Circo

21:30

24 – 25.10.25

Teatro das Figuras

21:30

07.11.25

Teatro Aveirense

21:30
Conceito e encenação
Dino D’Santiago
Libreto e dramaturgia
Dino d’Santiago, a partir do texto original “Serviço Estrangeiro” de Rui Catalão
Direção musical
Martim Sousa Tavares
Composição musical / produção musical
Dino D’Santiago e Djodje Almeida
Arranjos e Orquestração
João Martins
Música
Djodje Almeida, Iuri Oliveira, Raúl da Costa, Mais Hreish
Orquestra
Orquestra Sinfónica Juvenil (Lisboa); Orquestra Sinfonietta de Braga (Braga); Orquestra do Algarve (Faro; Orquestra das Beiras (Aveiro)
Intérpretes
Michelle Mara, Cati, NBC, Soraia Morais, Koffy, Rebeca Reinaldo, Rúben Gomes
Assistência de encenação
Solange Freitas
Colaboração na direção de atores
Cláudia Semedo
Direção vocal
Francisco Pessoa Júnior
Cenografia
Pedro Azevedo
Figurinos
José Tenente
Desenho de luz
Rui Monteiro
Desenho de som
Bruno Lobato
Direção de cena
Francisca Rodrigues
Direção de produção
José Maria Cortez (BoCA)
Produção executiva
Irina Leite Velho
Comissão e produção
BoCA - Biennial of Contemporary Arts (Lisboa)
Gestão de produção
Local Global
Coprodução
Centro Cultural de Belém (Lisboa), Theatro Circo (Braga), Teatro das Figuras (Faro), Teatro Aveirense (Aveiro)
Duração e classificação
100 min, M/12
Obs.
Português, com legendas em inglês

Próximos eventos

10 setembro – 26 outubro

Instalação

Espaço BoCA

Os Espacialistas

Mappa: Concetto Spaziale

Concebida para o Espaço BoCA, em Lisboa, a instalação cenográfica Espacialista intitulada “Mappa: Concetto Spaziale” foi criada para ser o ponto de encontro da bienal, um espaço que acolhe concertos, performances, conversas, workshops, uma loja e momentos de convívio.

9 – 15 outubro

Instalação, performance

Estufa Fria

El Conde de Torrefiel

Yo No Tengo Nombre

A instalação performativa “Yo No Tengo Nombre” usa um ecrã LED que atravessa a paisagem, projetando um texto entre o poético e o profético. Este discurso questiona a relação entre o ser humano e a natureza, invertendo o papel do observador: e se for a natureza a olhar e nomear-nos?

10 outubro

performance, música, cinema

A Voz do Operário

Chrystabell

The Spirit Lamp

Chrystabell apresenta “The Spirit Lamp”, um espetáculo que nos transporta para um território onde a música e a imagem se tornam luminescência, mapeado pela memória criativa de David Lynch.