Volmir Cordeiro
Rua – Em Braga e Lisboa
O Museu do Louvre acolheu a primeira encarnação de “Rua”, em 2016, criação de Volmir Cordeiro, coreógrafo e bailarino brasileiro, numa nova exploração do potencial poético de um corpo em espaço museológico, em tensão com a poesia de Bertolt Brecht sobre a guerra (“O ABC da guerra”, de 1954) Em “Rua”, Volmir encarna os múltiplos corpos e rostos que a rua pode conter, condensa no seu corpo as mais diversas personagens da fauna urbana, as mais marginais.
Gabriel Ferrandini
Rosa. Espinho. Dureza
A convite da BoCA, o baterista Gabriel Ferrandini concebe a sua primeira criação de palco, partilhando-o com o ator Frederico Barata. “Rosa. Espinho. Dureza.” é constituído por três atos: trabalho, sexo, amor. Como um tríptico, em que os conceitos e materiais estão inter-ligados, cada ato terá uma ação e um objeto para representar o respetivo “problema”, que serão repetidos exaustivamente, testando a persistência e concentração dos intérpretes e desafiando o público.
Ola Maciejewska
Bombyx Mori
Ola Maciejewska inspira-se na “Dança Serpentina” de Loïe Fuller. Explora a relação nas artes entre seres humanos e matéria física, criando movimento em grandes pedaços de tecido preto. Aqui, o corpo natural e o processo artificial estão inextricavelmente ligados: uma metáfora pungente para uma interpretação escultural, explorando a relação entre o corpo e o artefato, de forma alucinada e em constante vertigem, onde é revelada a natureza híbrida das coisas.
Paulo Castro
Hello My Name Is
“Hello My Name Is” é um espetáculo para um homem só. Neste “one man show”, o ator Rashidi Edward faz uma apresentação poderosa de um homem que se coloca em múltiplos papéis – ele é a pessoa que faz luto por alguém que foi assassinado para logo a seguir ser o militar que dispara a matar –, usando a linguagem poética de Edward Bond para chamar a atenção para o lugar que cada um ocupa nas dinâmicas de jogos de poder tirânicos.
Angélica Liddell
Lo Frío y lo Cruel
Em estreia mundial, para a sua nova criação, Angélica Liddell parte da narrativa de Sacher-Masoch e da de Marquês de Sade, e do texto “O Frio e o Cruel” (1967) de Gilles Deleuze. Liddell foca-se na parte literária e artística das perversões, afastadas de qualquer explicação clínica, onde é destacada a expressão poética que vai além de qualquer fronteira ou disciplina artística, para apresentar as relações entre pai e filha.