Um debate/conversa sobre música de dança, identidades, performance e práticas culturais contra-hegemónicas.

Partindo de uma posição de questionamento, esta conversa pretende ser um ponto de reflexão acerca das relações, interseções e ansiedades entre expressões identitárias (não-normativas) e espaços, nomeadamente no contexto de clubbing e de musica de dança.

Nascida entre as comunidades negra e gay nos EUA, a música de dança está desde cedo posicionada entre um local de luta e opressão, e um ideal de libertação, sendo os clubs historicamente não só contextos que acolhem as vontades e necessidade de escapismo, mas também locais politizados, de ativismo, congregação e mudança social.

Enquanto fenómeno cultural foi sendo apropriado, mainstreamizado e alvo de processos de comodificação, gentrificação, white e straightwashing e, chegados a 2017, com cada vez mais espaços queer a fechar portas por toda a parte, continuamos a confrontarmo-nos frequentemente com a necessidade de (re)negociar a nossa presença em locais que fazem parte da nossa herança cultural e histórica.

Aqui interessa-nos discutir causas e consequências destes processos, mas também – e com a participação de alguns/mxs organizadores de festas e noites que têm surgido nos últimos anos em Portugal (Thug Unicorn, Rabbit Hole, Groove Ball) – propor-nos a discutir de que forma estas podem contribuir para práticas e políticas de queerização de espaços, mas também como se podem constituir enquanto locais de produção cultural com diferentes lógicas de lucro e acessibilidade, e enquanto veículo de criação de um novo público para as artes contemporâneas.

A conversa será transmitida em direto pela Rádio Quântica, em www.radioquantica.com

Moderação de Carlos Gonçalves da Costa.

 

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