A Thug Unicorn nasceu há cerca de 4 anos, quando quatro amigas – que entretanto se tornaram três – se juntaram e resolveram criar uma festa/página do Facebook como uma sátira ao machismo e homofobia no Rap e Hip-Hop, coincidindo com o boom de artistas mais subversivos como Mykki Blanco, Le1f ou Zebra Katz. O Hip-Hop enquanto género e cultura tem-se reinventado graças a artistas como eles que quebram tabus, acolhendo um público cada vez mais diversificado e criando um espaço seguro dentro dessa cultura quer para o público feminino, quer para o público queer.

A Thug Unicorn é uma sátira a todos esses preconceitos, e a sua ambígua definição está perdida algures entre o mundo subversivo da internet e o mediatismo da cultura pop.

Aqui, tudo acontece e muda tão rápido quanto o feed do nosso Tumblr. Quem vem a uma Thug Unicorn vem a uma festa anti-dj, onde todos os estilos de música, assim como pessoas, são bem-vindos. Quem vem a uma Thug Unicorn vai ouvir r’n’b, hip-hop, trap, música pop fofinha, ou até mesmo música electrónica, reggaeton, dancehall ou zouk.

Esta é uma noite baseada na experimentação, e a escolha musical é fluída, descomprometida e despretensiosa, sem expectativas nem complexos. Quem vem a uma Thug Unicorn vai-se sentir como numa festa pijama com os seus amigos mais próximos em que estão a rebolar em glitter e a fazer playlists no Youtube.

A Thug Unicorn faz todo o sentido quando nos lembramos que afinal existem pessoas que curtem viajar montadas em unicórnios bad-ass pelo arco-íris, quitadas com montes de bijutaria só porque sim, livres de espírito e cabelos ao vento. Apesar disso, no fundo elas têm corações de chocolate e marshmallow que podem e irão derreter-se sempre que houver calor, suor e mãos no ar.

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