A Defesa da Natureza em Lisboa

28 janeiro 2024

Vale de Chelas, Lisboa

A Defesa da Natureza Plantação

Pensar os espaços naturais como espaços de criação e experiência artística é o principal objetivo d’A Defesa da Natureza. Projeto desenvolvido pela BoCA desde 2021, aproxima comunidades locais e artísticas, chamando-as a contribuir para uma floresta de obras de arte.

©️Bruno Simão

Depois de ter lançado raízes em Faro, Almada e Lisboa, o projeto participativo A Defesa da Natureza regressou ao Vale de Chelas, em parceria com a Câmara Municipal de Lisboa, assentando em terra firme um total de 450 carvalhos, medronheiros e alecrim. Ali já tínhamos estado em 2021, numa plantação inaugural, e em 2022, quando 122 participantes arregaçaram as mangas diante de 580 espécimes (entre sobreiros, azinheiras, amendoeiras, alfarrobeiras e pereiras bravas).

No âmbito do programa de reflorestação deste espaço natural, têm sido plantadas sobretudo espécies autóctones, como carvalhos, castanheiros, áceres, aveleiras, macieiras-bravas, cerejeiras-bravas, bétulas, medronheiros, loureiros e azevinhos.

Seguindo a ideia de Joseph Beuys de que qualquer pessoa pode ser artista, a arte de gerar vida concretiza-se no gesto ecológico de plantar uma árvore. Nestas plantações, cada pessoa é convidada a atribuir um título à sua árvore, tratando-a como uma criação artística.

©️Bruno Simão
©️Bruno Simão

SOBRE A DEFESA DA NATUREZA
Projecto participativo pensado a dez anos através do qual a BoCA alia a criação e programação artística à plantação de árvores em espaços naturais. Criado em 2021, “A Defesa da Natureza” compreende: por um lado, a plantação de espécies vegetais autóctones em diferentes municípios do país para a construção de uma “floresta de obras de arte”; por outro, convidando artistas de diversos territórios artísticos para criarem performances em espaços naturais através do ciclo “Quero Ver as Minhas Montanhas”.

A partir do legado de “7.000 carvalhos” de Joseph Beuys, figura incontornável da arte ecológica, a BoCA desenha uma plantação sustentável envolvendo a colaboração de artistas e da população local. Criando uma correspondência direta entre gerar vida (natural) a gerar vida (artística), cada plantação estabelece assim um pensamento integrado que unifica o natural e o artístico, numa combinação entre arte e ambiente, biodiversidade e sustentabilidade.

Sessões

28.01.24

Vale de Chelas, Lisboa

Parceria
Divisão de Estruturas Verdes - Câmara Municipal de Lisboa; Divisão de Espaços Verdes - Câmara Municipal de Braga; Ponto C e Divisão de Espaços Verdes - Câmara Municipal de Penafiel
Produção
BoCA - Biennial of Contemporary Arts
Apoio
República Portuguesa - Cultura, Juventude e Desporto / Direção-Geral das Artes