Neste workshop, Chaile partilha o seu percurso e prática artística, entre a ideia de uma “escultura social” e a performance. Durante dois dias, no MNAC e no seu Estúdio, o artista questionará e proporá uma reflexão e prática artística em torno dos conceitos de engenharia da necessidade, funcionalidade do precário, o cooperativismo ou o decolonialismo.
Chaile desenvolve a sua investigação antropológica e visual com base em dois conceitos-chave que atravessam a sua obra. São eles: a “engenharia da necessidade”, que consiste em criar, a partir da arte, objetos e estruturas que colaborem na melhoria das condições de uma determinada situação limite; e a “genealogia da forma”, que implica assumir que cada objeto, na sua repetição histórica, traz consigo uma história para contar, que é recuperada e atualizada em relação a um novo contexto. O artista utiliza ambos os axiomas para criar esculturas, fazer pinturas, construir instalações de grande escala e ações performativas que tornam visíveis e dão voz a diferentes comunidades que foram ofuscadas pela história e pelas estruturas de poder.
Neste workshop, Chaile partilha o seu percurso e prática artística, entre os conceitos de engenharia da necessidade, “escultura social” e performance. Durante dois dias, no MNAC e no seu Estúdio, o artista abordará questões relativas à funcionalidade do precário, o cooperativismo, o decolonialismo e todos os tipos de projetos sociais.
Biografia
Um dos artistas mais dinâmicos da sua geração, Gabriel Chaile (1985, Tucumán, Argetina) é licenciado em Artes Visuais pela Universidade Nacional de Tucumán, recebeu em 2009 uma bolsa de estudos da Fundación YPF que lhe permitiu fazer parte da primeira edição do Programa de Artistas lançado pela Universidade Torcuato Di Tella. Em 2010, foi selecionado para participar do Lipac, um programa de arte do Centro Cultural Ricardo Rojas.
Atento às questões da antropologia, da teoria pós-colonial e da Arte Conceptual, Chaile produz esculturas de materiais naturais e objetos encontrados que trazem uma nova vida à arte contemporânea sul-americana – criações que têm um impacto no espaço, nas relações e nas comunidades, e reúne as pessoas com os rituais sagrados da comida e da partilha.
A relevância artística da sua abordagem criativa e antropológica foi reconhecida mundialmente, e o trabalho de Chaile foi exposto e elogiado pelas suas impressões poderosas em vários museus e instituições da América e da Europa. Os seus últimos trabalhos incluem “Time, Times, and Half a Time” (Barro, Nova Iorque, EUA, 2023), “Migrantes São Bem-vindos” (Kunsthalle Lissabon, Lisboa, 2022), “Sonia” (El ondulatorio, La Rioja, 2018); “Proto”, um filme de Gabriel Chaile (Galería Ruby, Buenos Aires, 2017); “Patricia”, com curadoria de Laura Hackel (Museo de Arte Moderno, Buenos Aires, 2017); “Mi nombre es legión porque somos muchos” (Centro Cultural San Pablo T, Tucumán, 2016); “No es culpa mía si viene del río” (Centro Cultural Recoleta, Buenos Aires, 2015); “Salir del surco al labrar la tierra, delirios de grandeza II” (Fondo Nacional de las Artes, Buenos Aires, 2014).