El Conde de Torrefiel
Yo No Tengo Nombre

9 – 15 outubro

Lisboa – Estufa Fria Bienal 2025 Instalação, performance

© Chloe Cohen Théâtre Vidy-Lausanne

O coletivo teatral catalão El Conde de Torrefiel expande, com esta obra, os limites do teatro e da instalação, propondo uma experiência imersiva onde ver se transforma em imaginar — e imaginar em responsabilidade.
“Yo No Tengo Nombre”, de El Conde de Torrefiel, é uma instalação performativa que convida o público a um exercício de contemplação e deslocamento. Apresentado na Estufa Fria de Lisboa, esta paisagem natural encenada torna-se protagonista: é cenário e personagem, narradora e silêncio. Um ecrã LED apresenta-se nesse espaço como um corte — ou uma legenda — que transforma a natureza num discurso, oferecendo ao público uma linguagem que não pertence à paisagem, mas que a atravessa.

O texto projetado alterna entre o poético e o profético, entre a ficção e o real, revelando as tensões da relação entre o ser humano e a sua origem natural. Que histórias conta a natureza sobre nós? Que ficções sustentam o nosso olhar sobre ela? “Yo No Tengo Nombre” propõe uma inversão radical do lugar tradicional do observador/espectador: e se for a natureza a olhar-nos, a nomear-nos, a interpretar os nossos gestos?

Disposto no espaço exterior, o ecrã LED não explica, mas faz surgir. Não traduz, mas amplifica. É uma superfície de pensamento que vibra em contraste com o silêncio vivo do ambiente. Uma leitura coletiva da paisagem que se torna um gesto político e sensível, lançando luz sobre o impercetível e sobre os mecanismos narrativos — culturais, históricos, mitológicos — que moldam a nossa perceção do mundo natural.

Sessões

09 – 15.10.25

Estufa Fria, Lisboa

11:00, 12:30, 15:00, 17:30
Criação
El Conde de Torrefiel
Produção
Théâtre Vidy-Lausanne / Projeto Paysages partagés
Co-produção
Rimini Apparat, Théâtre Vidy-Lausanne,Bunker e Mladi Levi Festival, Culturgest, Festival d’Avignon, Tangente St. Pölten - Festival für Gegenwartskultur, Temporada Alta, Zona K e Piccolo Teatro di Milano Teatro d’Europa, e cofinanciado pela União Europeia
Duração e Classificação
35 min. por ativação; M6
Idioma
Português, Inglês
Obs.
Inauguração no dia 9/10 às 17h30, com conversa com artistas conduzida por Claudia Galhós.

Sessões às 11h00 (PT), 12h30 (PT), 15h00 (ENG), 17h30 (PT).
Acesso através de bilhete para a Estufa Fria de Lisboa. Bilheteira no local: Simples: 3,60€ / Estudantes: 1,80€

Próximos eventos

10 setembro – 26 outubro

Instalação

Espaço BoCA

Os Espacialistas

Mappa: Concetto Spaziale

Concebida para o Espaço BoCA, em Lisboa, a instalação cenográfica Espacialista intitulada “Mappa: Concetto Spaziale” foi criada para ser o ponto de encontro da bienal, um espaço que acolhe concertos, performances, conversas, workshops, uma loja e momentos de convívio.

9 outubro

conferência, performance

Museo del Traje

Pedro G. Romero, Niño de Elche

Descomposición/Choro

Esta conferência-performance assume-se como uma escuta da fronteira que recusa a sua conotação como linha de separação, mas que a abraça como zona vibrante de encontros e tensões, onde a música, a língua e as práticas coletivas continuam a (re)escrever histórias por vir.

9 outubro

Concerto, performance

Espaço BoCA

Deborah Krystall

Romi Ibérica

Na BoCA Bienal, Romi Ibérica é apresentada como concerto-performance, revelando o rigor e a inventividade que Deborah Krystall tem vindo a afirmar ao longo de décadas no icónico Finalmente Club, em Lisboa. Um convite a respirar a memória viva do eixo ibérico, onde cada canto e cada gesto carregam a beleza indomável de um destino que se canta para continuar a existir.