Marcos Morau
Totentanz

24 – 25 outubro

Lisboa – Academia das Ciências de Lisboa Bienal 2025 dança

Nome incontornável da dança contemporânea europeia, Marcos Morau e a sua companhia La Veronal apresentam “Totentanz”, um espetáculo concebido para espaços não convencionais, onde a morte — essa figura antiga, temida e fascinante — regressa ao centro da cena. Inspirando-se na tradição medieval da “dança da morte”, o espetáculo invoca um ritual coletivo para os nossos tempos: um luto sem nome, uma meditação sobre a fragilidade da vida e a opacidade do fim.

Numa sociedade que naturalizou a violência mas desativou os seus ritos, “Totentanz” propõe uma coreografia que mergulha no desconhecido. Dois corpos inertes, quase espectros, marcam o limiar entre mundos — são guias, talvez relíquias, talvez apenas máscaras. O público é envolvido desde o início numa sessão de espiritismo coreográfico, onde o movimento e o som operam como dispositivos de invocação. O medo não é evitado, é coreografado.

Entre a celebração e o colapso, a peça desenha um percurso emocional que escapa à lógica: o que significa morrer num mundo que já perdeu o sentido da vida? A morte, tantas vezes afastada, torna-se aqui presença ativa, lente crítica, figura dançante.

Com “Totentanz”, Marcos Morau e La Veronal retornam à potência do gesto como forma de pensamento e à cena como lugar de evocação. Um espetáculo que não procura respostas, mas convoca perguntas que há séculos nos assombram: para onde vamos, quem somos, o que permanece depois da última dança?

Nota: Este espetáculo tem luz estroboscópica.

Sessões

24 – 25.10.25

Academia das Ciências de Lisboa, Lisboa

19:00, 21:30
Conceito e direção artística
Marcos Morau
Direção de produção
Juanma G. Galindo
Coreografia
Marcos Morau em colaboração com os intérpretes
Intérpretes
Ignacio Fizona Camargo, Valentin Goniot, Fabio Calvisi, Lorena Nogal
Dramaturgia
Roberto Fratini
Direção técnica e encenação
David Pascual
Sonoplastia e música original
Clara Aguilar
Vídeo design
Marcos Morau, Marc Salicrú, Marina Rodríguez, Albert Pons
Figurino e espaço
Marcos Morau
Produção e logística
Cristina Goñi Adot, Àngela Boix
Produção de máscaras e marionetas
Juan Serrano - Gadget Efectos, Martí Doy
Produção
La Veronal
Coprodução
Triennale Milano, Teatre LLiure, Temporada Alta - Festival internacional de Catalunya, Girona/Salt, Madrid Festival de Otoño
Apoio
INAEM - Ministério da Cultura de Espanha e do ICEC - Departament de Cultura de la Generalitat de Catalunya
Apoio à apresentação em Lisboa
Institut Ramon LLull
Duração e Classificação
55min, M/16
Aviso
Este espetáculo contém luzes estroboscópicas.

Próximos eventos

10 setembro – 26 outubro

Instalação

Espaço BoCA

Os Espacialistas

Mappa: Concetto Spaziale

Concebida para o Espaço BoCA, em Lisboa, a instalação cenográfica Espacialista intitulada “Mappa: Concetto Spaziale” foi criada para ser o ponto de encontro da bienal, um espaço que acolhe concertos, performances, conversas, workshops, uma loja e momentos de convívio.

9 – 15 outubro

Instalação, performance

Estufa Fria

El Conde de Torrefiel

Yo No Tengo Nombre

A instalação performativa “Yo No Tengo Nombre” usa um ecrã LED que atravessa a paisagem, projetando um texto entre o poético e o profético. Este discurso questiona a relação entre o ser humano e a natureza, invertendo o papel do observador: e se for a natureza a olhar e nomear-nos?

10 – 10 outubro

performance, música, cinema

A Voz do Operário

Chrystabell

The Spirit Lamp

Chrystabell apresenta “The Spirit Lamp”, um espetáculo que nos transporta para um território onde a música e a imagem se tornam luminescência, mapeado pela memória criativa de David Lynch.