Alberto Cortés, João Gabriel
Os Rapazes da Praia Adoro

25 – 26 outubro

Lisboa – Teatro do Bairro Alto Bienal 2025 teatro

Teatro de la Abadía ©Raimundo Pérez-Messina

O espetáculo “Os Rapazes da Praia Adoro” nasce de um convite conjunto da BoCA com o Teatro do Bairro Alto. Uma nova criação que propõe um diálogo singular entre dois artistas, um português e um espanhol, e entre dois campos artísticos, o teatro e a pintura.

Nas pinturas de João Gabriel vislumbravam-se fantasmas errantes nas praias. Nas peças do dramaturgo e encenador Alberto Cortés reconhecem-se palavras e corpos que se revelavam como paisagens. Deste encontro surge a visão de dois corpos masculinos, um português e outro espanhol, que se encontram numa praia a meio caminho entre Lisboa e Madrid, a uma distância precisa de 312,45 quilómetros de cada cidade. Essa praia, intitulada Praia Adoro, assume-se como uma odisseia, um buraco espaço-temporal e um paraíso queer.

Na Praia Adoro, estes dois corpos unem-se, fundindo-se na intimidade dos recantos naturais que oferecem os espaços de cruising. Unem-se para se reconhecerem, relacionando-se sexualmente num ato íntimo que procura saldar as dívidas pendentes entre dois países que vivem de costas um para o outro. Tomando como referência a intimidade presente no arquivo audiovisual do cinema pornográfico dos anos 70 e 80 que inspira as pinturas de João Gabriel, as palavras sobrepõem-se a esses corpos, imaginando outra forma de intimidade gay, também atravessada pela delicadeza e pela poesia. Supõem-se outras formas de entender o sexo entre homens, talvez como uma necessidade atual de que seja uma ação curativa. Porque assim o desejam.

Sessões

03 – 04.10.25

Teatro de la Abadía, Madrid

19:00

Estreia Mundial

25 – 26.10.25

Teatro do Bairro Alto, Lisboa

19:30, 17:30

Estreia Mundial

Texto, encenação e intérprete
Alberto Cortés
Intervenções visuais
João Gabriel
Intérpretes
Miguel Deblas, Saul Olarte (Madrid), Peter Arcanjo, Bruno Santos (Lisboa)
Composição e interpretação musical
Adriano Galante
Desenho e operação de luz
José Espigares
Direção de produção
José Maria Cortez (BoCA)
Produção executiva
Olivia Portellada
Comissão
BoCA – Biennial of Contemporary Arts, Teatro do Bairro Alto
Produção
BoCA – Biennial of Contemporary Arts
Coprodução
Teatro do Bairro Alto (Lisboa), Teatro de La Abadía (Madrid)
Residências artísticas
Goethe-Institut Madrid, Teatro da Rainha (Caldas da Rainha)
Apoios
Acción Cultural Española (AC/E) - Programa para la Internacionalización de la Cultura Española (PICE)
Duração e classificação
45 min, M/16
Obs.
Espanhol e Português, com legendas em inglês

Próximos eventos

10 setembro – 26 outubro

Instalação

Espaço BoCA

Os Espacialistas

Mappa: Concetto Spaziale

Concebida para o Espaço BoCA, em Lisboa, a instalação cenográfica Espacialista intitulada “Mappa: Concetto Spaziale” foi criada para ser o ponto de encontro da bienal, um espaço que acolhe concertos, performances, conversas, workshops, uma loja e momentos de convívio.

9 – 15 outubro

Instalação, performance

Estufa Fria

El Conde de Torrefiel

Yo No Tengo Nombre

A instalação performativa “Yo No Tengo Nombre” usa um ecrã LED que atravessa a paisagem, projetando um texto entre o poético e o profético. Este discurso questiona a relação entre o ser humano e a natureza, invertendo o papel do observador: e se for a natureza a olhar e nomear-nos?

10 outubro

performance, música, cinema

A Voz do Operário

Chrystabell

The Spirit Lamp

Chrystabell apresenta “The Spirit Lamp”, um espetáculo que nos transporta para um território onde a música e a imagem se tornam luminescência, mapeado pela memória criativa de David Lynch.