Kiluanji Kia Henda
Memória, Poder e Paisagem: a Arte de Kiluanji Kia Henda
Masterclass

23 setembro – 3 outubro

Madrid – Goethe-Institut Madrid, Fundação PLMJ Bienal 2025 masterclass, talk, Artes Visuais

Goethe-Institut Madrid ©Raimundo Pérez-Messina

Libertar estátuas e símbolos do seu peso histórico, erguer novas memórias, enquadrar paisagens destruídas, escrever cartas para o futuro e reverter relações de poder são gestos centrais no manifesto artístico de Kiluanji Kia Henda. Nesta masterclass, o artista angolano conduz-nos pelo seu universo criativo e reflexivo, situado na vanguarda do pensamento anticolonial, propondo uma reflexão sobre como as gerações que cresceram durante e após a guerra ressignificam esses acontecimentos e analisam o impacto da geopolítica na história de Angola. Na sua prática, Kiluanji Kia Henda procura ainda encurtar distâncias geográficas, revelando um passado e uma história comuns que conectam diferentes partes do planeta.

Biografia
Kiluanji Kia Henda (Luanda, Angola, 1979) é artista autodidata, começou por explorar a fotografia influenciado pelo contexto familiar e, desde então, desenvolveu uma linguagem visual que cruza fotografia, vídeo, instalação, performance e escultura. A sua prática artística articula ironia e crítica política, abordando temas como o legado colonial, o modernismo africano, a identidade e a construção da memória coletiva. Em vez de se limitar à factualidade histórica, Henda propõe ficções especulativas que abrem espaço para narrativas alternativas e temporalidades deslocadas.
A sua obra reflete sobre a ocupação e manipulação do espaço público, questionando os processos simbólicos e políticos que moldam a paisagem urbana e o imaginário coletivo, particularmente no contexto pós-colonial angolano. Colabora regularmente com artistas e coletivos da cena artística contemporânea de Luanda, mantendo uma abordagem interdisciplinar marcada por uma forte consciência social.
Recebeu o Prémio Nacional de Arte e Cultura de Angola (2012) e o Frieze Artist Award (2018), e participou em residências internacionais em cidades como Veneza, Sharjah, Arles e Cidade do Cabo. Expôs nas bienais de Veneza, Dakar, Gwangju e São Paulo, e em instituições como o Centre Pompidou, Tate Modern, Zeitz MOCAA, Guggenheim Bilbao e New Museum, consolidando uma presença crítica nos debates globais sobre representação, poder e colonialidade.

Sessões

23.09.25

Goethe-Institut Madrid, Madrid

19:00

03.10.25

Fundação PLMJ, Lisboa

10:00 – 12:00
Produção
BoCA-Biennial of Contemporary Arts (Lisboa)
Parceria
Goethe-Institut Madrid, Fundação PLMJ
Apoios
República Portuguesa - Cultura, Juventude e Desporto / Direção-Geral das Artes, Câmara Municipal de Lisboa, Fundação Millennium bcp

Próximos eventos

10 setembro – 26 outubro

Instalação

Espaço BoCA

Os Espacialistas

Mappa: Concetto Spaziale

Concebida para o Espaço BoCA, em Lisboa, a instalação cenográfica Espacialista intitulada “Mappa: Concetto Spaziale” foi criada para ser o ponto de encontro da bienal, um espaço que acolhe concertos, performances, conversas, workshops, uma loja e momentos de convívio.

9 – 15 outubro

Instalação, performance

Estufa Fria

El Conde de Torrefiel

Yo No Tengo Nombre

A instalação performativa “Yo No Tengo Nombre” usa um ecrã LED que atravessa a paisagem, projetando um texto entre o poético e o profético. Este discurso questiona a relação entre o ser humano e a natureza, invertendo o papel do observador: e se for a natureza a olhar e nomear-nos?

10 outubro

performance, música, cinema

A Voz do Operário

Chrystabell

The Spirit Lamp

Chrystabell apresenta “The Spirit Lamp”, um espetáculo que nos transporta para um território onde a música e a imagem se tornam luminescência, mapeado pela memória criativa de David Lynch.