Gemma Luz Bosch
El Sonido del Barro
Cico de performances “Quero Ver as Minhas Montanhas”

Entrada livre

25 outubro

Lisboa – (LIS) Bienal 2025 performance

Na 5ª edição da BoCA Bienal, o ciclo de performances em espaços naturais “Quero ver as minhas montanhas” regressa com performances das artistas Gemma Luz Bosch e Isabel Cordovil que revisitam o legado de Beuys. Entre Lisboa e Madrid, as suas criações inéditas inscrevem novos vínculos entre arte, ecologia e imaginação.

Fascinada pelas texturas sonoras que o barro pode gerar, Gemma Luz Bosch cria instrumentos de cerâmica que transformam matéria em música. Nesta performance, a artista conduz o público por um percurso íntimo, onde cada vibração desperta a escuta e convida a aterrar num espaço natural no coração da cidade. Um encontro sensorial que funde artesanato, som e paisagem, revelando a poesia escondida na terra moldada.

Biografia
Para perceber o som é necessária uma fonte que faça vibrar o ar e alguém que capte essas vibrações. O trabalho de Gemma Luz Bosch procura dar forma a esse movimento já que, para si, “o som é movimento”. Em 2019, a artista iniciou uma meditação com barro, criando diariamente pequenas peças, menores que a mão, em silêncio e sem distrações. Um dia pensou: “isto poderia fazer som”. Desde então, explora as possibilidades sonoras do barro e da cerâmica, fascinada pelas infinitas texturas que este material natural pode gerar, criando instrumentos e instalações. Partilhar fisicamente o trabalho é essencial na sua prática: as vibrações produzidas pelas peças chegam diretamente ao ouvido do público. Muitas das suas apresentações acontecem ao ar livre, inspiradas e construídas com o lugar. Os sons criados - de barro, água, ar, músicos ou mecanismos - não são o foco, mas um convite a abrir a escuta para tudo o que já ressoa em redor.

Sobre o ciclo “Quero ver as Minhas Montanhas”
Em 2021, no centenário de Joseph Beuys, a BoCA inaugurou o projeto “A Defesa da Natureza”, uma proposta a dez anos que parte da ação 7.000 carvalhos para pensar a ecologia como gesto artístico e coletivo. Inclusivo e participativo, o projeto convida cidadãos a plantar árvores e a nomeá-las, numa prática que prolonga a ideia de Beuys de que “todos podemos ser artistas”. A este gesto inicial sucede-se a criação de performances, encontros e debates, aliando programação artística à criação de espaços naturais. Foi neste contexto que nasceu no mesmo ano o ciclo “Quero Ver as Minhas Montanhas”, com curadoria de Delfim Sardo e Sílvia Gomes. Artistas como Sara Bichão, Diana Policarpo, Dayana Lucas, Gustavo Sumpta, Gustavo Ciríaco, Musa paradisiaca e o coletivo Berru criaram intervenções em paisagens naturais de Lisboa, Almada e Faro.

Sessões

28.09.25

Parque de El Retiro, Madrid

18:00

25.10.25

(LIS), Lisboa

16:00
Conceção e performance
Gemma Luz Bosch
Comissão e Produção
BoCA - Biennial of Contemporary Arts (Lisboa)
Apoio à apresentação em Madrid
Goethe-Institut Madrid
Obs.
Ponto de encontro em Madrid: 18h00 no Real jardín Botánico
Pl. Murillo, 2, Retiro, 28014 Madrid

Próximos eventos

10 setembro – 26 outubro

Instalação

Espaço BoCA

Os Espacialistas

Mappa: Concetto Spaziale

Concebida para o Espaço BoCA, em Lisboa, a instalação cenográfica Espacialista intitulada “Mappa: Concetto Spaziale” foi criada para ser o ponto de encontro da bienal, um espaço que acolhe concertos, performances, conversas, workshops, uma loja e momentos de convívio.

17 outubro

Concerto, música

Sala Berlanga

Tânia Carvalho, Rocío Guzmán

Nossas Mãos / Nuestras Manos

Concerto íntimo onde duas vozes singulares, vindas de universos distintos, se encontram num diálogo sensível entre o português e o espanhol, entre a melancolia e a força.

16 – 16 outubro

performance, dança

8 Marvila

Candela Capitán

SOLAS

A performance “SOLAS” aborda a sobre-exposição do corpo feminino na era digital. Cinco intérpretes, cinco computadores e uma plataforma de streaming partilham o mesmo espaço — físico e virtual — num dispositivo coreográfico onde um grupo de performers mulheres se contemplam a si mesmas enquanto são observadas, numa encenação que confronta o olhar, a repetição e a vigilância.