

Inspirado no ativismo político latino-americano e no teatro experimental, Ramírez-Figueroa questiona narrativas dominantes em torno de episódios recentes da história da Guatemala, expondo as suas camadas simbólicas e afetivas. Através da fisicalidade dos corpos e de ambientes encenados que oscilam entre a fantasia e a realidade, revisita traumas individuais e coletivos, propondo uma visão crítica sobre os efeitos do extrativismo, da guerra civil e do desequilíbrio social vivido pela população indígena.
A sua obra é marcada por uma estética ambígua, onde elementos escultóricos convivem com o absurdo, o cómico e o inquietante. Criando espaços sensoriais que combinam o onírico com o político, Ramírez-Figueroa desafia os limites entre ficção e documento, corpo e memória, arte e reparação.
A conversa acontece no âmbito da performance “De Espiral en Espiral” comissionada pela TBA21 e co-produzida pela BoCA, em estreia durante a bienal em Madrid, no Museu Nacional Centro de Arte Reina Sofia e em Lisboa, no MAC/CCB Museu de Arte Contemporânea e Centro de Arquitetura.
Biografia
Naufus Ramírez-Figueroa vive e trabalha na Cidade da Guatemala. O seu trabalho já foi exibido em museus e centros de arte em todo o mundo, como o Museo de Arte Moderno de Bogotá – MAMBO, Bogotá (2023), The Power Plant, Toronto (2020), New Museum, Nova Iorque (2018), CAPC musée d’art contemporain de Bordeaux (2017), KW Institute for Contemporary Art, Berlim (2016), Tate Modern, Londres (2015) e Castello di Rivoli, Turim (2013), entre outros.