Projeto desenvolvido pela BoCA – Bienal de Artes Contemporâneas, desde 2021.
Aproxima comunidades locais e artísticas, chamando-as a contribuir para uma floresta de obras de arte.
Depois de ter lançado raízes em Faro, Almada e Lisboa, em 2024 regressou à capital e chegou ao norte Portugal, em parceria com os municípios de Braga e Penafiel.
Bétulas, carvalhos, loureiros, pinheiros mansos, castanheiros, medronheiros e sobreiros enriqueceram a flora da Ilha-Sombra na Encosta das Lages, em Penafiel. Numa iniciativa, que juntou 30 participantes, levada a cabo com o novo espaço de cultura e criatividade, o Ponto C no dia 16 de novembro. Na semana seguinte, dias 22 e 23, em Braga, um grupo de 100 estudantes e outros cidadãos de Braga compareceu para plantar 300 árvores e arbustos naquele que já era o maior parque urbano de floresta autóctone do país, o Monte Picoto.
De lembrar que, no dia 23 de março deste ano, a BoCA tinha regressado ao Vale de Chelas para celebrar a chegada da primavera, em parceria com a Câmara Municipal de Lisboa, assentando em terra firme um total de 450 carvalhos, medronheiros e alecrim. Ali já tínhamos estado em 2021, numa plantação inaugural, e em 2022, quando 122 participantes arregaçaram as mangas diante de 580 espécimes (entre sobreiros, azinheiras, amendoeiras, alfarrobeiras e pereiras bravas).


Inspirada pelo legado de 7.000 carvalhos de Joseph Beuys (1921-86), figura incontornável da arte ecológica, que também defendia que “todos podemos ser artistas”, a BoCA começou a desenhar um projeto de plantações enquanto exercícios de cidadania, em diferentes geografias nacionais. Inclusivo e participativo, convida, num primeiro momento, todos os cidadãos – independentemente da idade ou da apetência para a jardinagem – a plantar uma árvore e atribuir-lhe um título. O que se segue é a convocatória a artistas e curadores para performances, eventos, debates ou conferências; aliando a programação artística à criação de espaços naturais.