Freirianas Guerreiras
O grupo de batuque Freirianas Guerreiras, composto maioritariamente por mulheres, tem como missão preservar e promover o batuque, expressão musical com raízes africanas e parte essencial da identidade cabo-verdiana. O nome é uma homenagem à força e resistência das mulheres que mantêm vivas estas tradições, com especial enfoque no empoderamento feminino e na valorização das culturas afrodescendentes. As letras abordam temas como a resistência, a identidade e a luta das mulheres na sociedade cabo-verdiana. Desde a sua criação, o grupo tem-se destacado por actuações autênticas e enérgicas, em Cabo Verde e além-fronteiras, participando em diversos festivais de música e cultura. Paralelamente, desenvolve iniciativas educativas, como oficinas e palestras sobre a importância do batuque. Foi distinguido na categoria de Melhor Música Tradicional nos Cabo Verde Music Awards, com o tema “Si bu dam”, em parceria com o artista Lejemea.

Ficar no Papel
Ficar No Papel é um projeto de criação em dança, destinado a jovens adolescentes residentes ou estudantes no Bairro da Bela Vista, em Setúbal. Parte da ideia do corpo enquanto depositário de experiências individuais e coletivas, forjado pelas mesmas: um lugar de memórias que podem ser acedidas e revisitadas. Com este grupo de adolescentes trabalhámos questões que lhes são urgentes através do corpo e do movimento. “PANGEIA ou a geografia da pertença” é o resultado da segunda edição deste projeto. Partindo de ideias como lugar seguro, identidade, pertença, território e cultura, olhámos para cada participante e a sua geografia interna, os seus próprios lugares e momentos de conexão com o seu entorno e os outros. Uma construção complexa e variável de quem e onde nos sentimos parte. Como construímos o nosso lugar no mundo?

Um projeto Monstro Colectivo com direção Artística de Carlota Oliveira & Inês Oliveira.