“Empezar un Mundo, Subir a una Cumbre” é um workshop de criação performativa orientado pelo dramaturgo e criador de teatro espanhol Alberto Cortés, que convida a pensar a criação como ato de visão e risco. Durante o workshop, propõe escalar cumes invisíveis, dar corpo ao que ainda não existe e investigar formas alternativas de construir mundo – não com tijolos ou certezas, mas com palavras, gestos e afetações.
A partir de práticas desenvolvidas ao longo dos seus últimos projetos, Cortés trabalha com a ideia de mundo como construção poética e política. A sua abordagem queer à performance recusa o previsível e instala-se na intimidade partilhada, na relação com o espetador como cúmplice e amante, na escuta do que está por vir. “Começar um mundo” não é levantar um edifício, mas abrir uma fenda. Subir a um cume não é alcançar um topo, mas encontrar novas formas de ver.
Neste workshop intensivo, ao longo de dois dias, os participantes são convidados a experimentar ferramentas cénicas que operam entre o visível e o invisível, entre o real e o imaginado. Trata-se de um espaço de descentralização: de métodos, referências e de estruturas normativas.
Alberto Cortés, um dos artistas mais destacados da cena espanhola, propõe explorar uma prática de deslocamento: um desvio radical do conhecido, rumo à criação como impulso de encantamento. Um convite a criar o mundo com as mãos vazias e os olhos bem abertos.