O fascinante universo do artista chinês Tianzhuo Chen regressa a Portugal, depois da sua primeira marcante passagem pelo país, na abertura da BoCA Bienal 2017.
“Baleo! Baleo!” Quando este grito ecoa na costa de Lamalera, na Indonésia, significa que os pescadores avistaram uma baleia e que os antepassados se revelarão e concederão a sua bênção à aldeia. O oceano abre-se e oferece os seus dons. É um chamamento que desafia o destino e existe há séculos, entre luta, culto e redenção.
O espetáculo “Ocean Cage” é inspirado nas histórias dos habitantes de Lamalera e centra-se em questões de solidariedade, coexistência económica e ecossistemas em vias de desaparecimento. O público é convidado a mergulhar neste universo, repensando as relações de interdependência entre espécies e uma justiça mais-que-humana.
Num cenário imersivo criado pelo artista visual e realizador Tianzhuo Chen, “Ocean Cage” combina instalação, dança e cinema, criando o espaço da performance onde Siko Setyanto assume diferentes personagens. Com os músicos indonésios Kadapat e Nova Ruth, cria-se um turbilhão visual, coreográfico e musical onde tradição e ecologia, espiritualidade e tecnologia, se entrelaçam.
