Numa encomenda e produção original da bienal BoCA 2025, Dino D’Santiago foi desafiado a estrear uma ópera, que cruza história, cultura e a identidade multicultural portuguesa. “Adilson” é uma ópera em cinco atos dirigida por Dino D’Santiago, a partir do texto original “Serviço Estrangeiro” de Rui Catalão e direção musical de Martim Sousa Tavares.
“Adilson” é uma ópera em cinco atos onde acompanhamos a jornada de um homem afrodescendente, nascido em Angola, filho de pais cabo-verdianos, que vive há mais de 40 anos em Portugal — sem nunca ter obtido cidadania portuguesa. Chamado D’Afonsa pelos amigos, Nuno pela família, Adilson no passaporte, a sua vida desenrola-se entre salas de espera, processos adiados e um labirinto burocrático que o impede de ser plenamente reconhecido pelo país onde sempre viveu.
Mais do que um indivíduo, Adilson representa milhares de pessoas deixadas nas margens do sistema. A ópera transforma a espera em poesia e faz da invisibilidade um ato de resistência. No culminar da obra, ouve-se o grito que ecoa para além do palco: “Eu não sou português. Eu sou Portugal. Um país à espera.”
Sessões
19.09.25
Theatro Circo, Braga
21:30
24 – 25.10.25
Teatro das Figuras, Faro
21:30
07.11.25
Teatro Aveirense, Aveiro
21:30
15.01.26
Teatro José Lúcio da Silva, Leiria
21:30
29.01.26
Coliseu Porto Ageas, Porto
21:00
Conceito e encenação
Dino D’Santiago
Libreto e dramaturgia
Dino d’Santiago, a partir do texto original “Serviço Estrangeiro” de Rui Catalão
Direção musical
Martim Sousa Tavares
Composição musical / produção musical
Dino D’Santiago e Djodje Almeida
Arranjos e Orquestração
João Martins
Música
Djodje Almeida, Iuri Oliveira, Raúl da Costa, Mais Hreish
Orquestra
Orquestra Sinfónica Juvenil (Lisboa); Orquestra Sinfonietta de Braga (Braga); Orquestra do Algarve (Faro); Orquestra das Beiras (Aveiro)