Um breve olhar sobre 2022. Obrigado e Boas Festas.
Conflitos armados, a crise energética e a ascensão de forças extremistas marcaram particularmente 2022. Por outro lado, 2022 conheceu um regresso efusivo à vida cultural, com a cultura a ter um papel essencial na resposta holística, reparadora e afetiva ao mundo.
2022 foi um ano em que a BoCA viajou nacional, mas sobretudo internacionalmente, com projetos comissionados e produzidos por nós: “O Barco / The Boat” de Grada Kilomba esteve em Barcelona, Baden Baden e Londres, “Trouble” de Gus Van Sant esteve em Reims, Valladolid, Hamburgo e Paris, “A Tralha” de Capicua viajou até Viseu, “Os Animais e o Dinheiro” de Gonçalo M. Tavares e Os Espacialistas marcaram presença no Funchal, mas também outros projetos, como “Cattivo” de Marlene Monteiro Freitas e “Brasa” de Tiago Cadete, atravessaram fronteiras até outros países e continentes. Mónica Calle, LASTESIS, Miles Greenberg, Gabriel Ferrandini,… foram 10 os mini-docs que lançámos sobre 10 artistas e coletivos que fizeram parte da 3ª edição da Bienal BoCA. Passámos pelo TNDMII, pelo MAAT, pelo CCB e pela Floresta de Monsanto com a 6ª edição da BoCA Summer School, trazendo a Lisboa artistas incontornáveis das artes performativas, das artes visuais e da música, como ORLAN, El Conde de Torrefiel e Jonathan Uliel Saldanha, que dirigiram workshops junto de públicos diversos. Inaugurámos o projeto participativo “Mutantes – entre o teatro e o museu”, dedicado a jovens artistas, e reunindo teatros e museus parceiros, que resultou numa performance/reflexão pública composta por centenas de perguntas. Com o compromisso temporal de 10 anos de pensamento, cuidado e programação, “A Defesa da Natureza” continuou a convocar públicos para plantar árvores e pensar a programação desses espaços naturais. Foi um privilégio reunir em torno da nossa programação tantos artistas, públicos, parcerias e apoios fundamentais – a todas, a todos, a todes, obrigado.
Atravessámos um ano, geografias, campos artísticos e naturais, dispositivos presenciais e online, e os nossos afetos. Que novas travessias se desenhem em 2023, connosco e convosco. 2023 trará a 4ª edição da Bienal BoCA.
Boas festas!
— John Romão, Diretor Artístico