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Música Cigana Camões Yanomami / A Soma de Todxs
PORTUGAL
Nova Criação – Espetáculo
“Música Cigana Camões Yanomami / A Soma de Todxs”
A materialização do gesto artístico passa tanto pela pintura quanto pela palavra escrita. O mesmo se pode dizer inversamente, tratando-se de António Poppe. Ou seja, a poesia que escreve transparece no papel como em outros media artísticos. António Poppe é poeta e artista visual, ou talvez algo permanentemente em trânsito entre os dois, no ato implicado de consciencializar o presente e o estar junto, ou não fosse a meditação também parte fundamental do artista que é. La Família Gitana são Ari, Rui, Leandro, Ângelo, Alexandre e Mário, que além dos laços de sangue que os unem enquanto família, fazem da herança e da tradição um prazer diário.
“Música Cigana Camões Yanomami / A Soma de Todxs” consiste numa performance/espetáculo que combina a poesia de Camões, textos de Davi Kopenawa (dos indígenas Yanomami), com Música Cigana. Este encontro cria uma composição comunicante entre expressões originais. Somam-se também textos da Índia, Os Upanishad. Poemas escritos com Mumtazz, “O Agitador e a Corrente”. Vozes inspiradas em Camaron de La Isla, Ibra Galissa, Buika. E tantos outros que visitam os artistas através do ar do oxigénio a arder.
O convívio da aprendizagem plural é vivificante. A comunidade é isto. Criar em conjunto e tocar na memória de composição plural. É uma pedra a cantar a luz na água. Harmónio de vértebras. O mesmo tronco do coração. A música.
A composição da música e da poesia, para contemplar a natureza única do mundo. A firme determinação de desalojar a violência da exclusão. Um conjunto para contemplar a mistura que nunca pára a revelação da natureza.
Criação e direção: António Poppe
Co-criação e música: La Família Gitana
Produção: BoCA
Apoio: Fundação Calouste Gulbenkian, S.R.A.F.
“Música Cigana Camões Yanomani / A Soma de Todxs” é um projeto comissionado pela BoCA Bienal de Artes Contemporâneas 2021