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Ecotemporâneos: Julião Sarmento
ECOTEMPORÂNEOS
Este é o projeto que tem juntado personalidades diferentes a pensar os espaços verdes da cidade de Lisboa em relação com a literatura. Agora, em formato online, cada convidado partilha uma fotografia sua numa paisagem natural, relacionando-a com um livro que tenha em casa. Estabelece-se um diálogo entre o interior e o exterior, entre o corpo (confinado na habitação e na fotografia), a natureza e a imaginação. Uma conversa informal via live do instagram na qual a comunidade online é chamada a participar.
Todos os domingos até, pelo menos, 30 de Junho 2020.
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SEMANA 7
Convidado: Julião Sarmento (artista plástico)
Livro escolhido: “Numa casca de noz” de Ian McEwan, editora Gradiva
Após uma estada em Londres (1964-1965), ingressou entre 1967 e 1974 na Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa, onde frequentou os cursos de pintura e arquitetura, que deixa incompletos. A partir de meados dos anos 70 desenvolve a sua produção artística nos campos da fotografia e filme, num contexto artístico de exploracção conceptual. Desde muito cedo, definiu uma orientacção temática que trabalha o erotismo e o desejo, mediante o que o artista designa por «estratégias de sedução». O conteúdo erótico e muitas vezes violento das cenas ou narrativas é sempre sugerido (e nunca explícito), através de jogos de ocultacção/fragmentacção das imagens ou da mensagem ambígua contida nos títulos das obras. Nos anos 80 dedica-se também à pintura, que projeta a mesma dialética enigmática dos corpos, objectos e das palavras. As suas composições depuram-se, criando nos anos 90 uma nova série, Pinturas Brancas, nas quais as figuras negras exprimem uma violência corporal através de uma gestualidade que assume também uma dimensão erótica. Constrói desde os anos 80 um sólido percurso nacional e internacional através da presença dos seus trabalhos em exposições internacionais: Documenta de Kassel (1982, 1987), Bienal de Paris (1981), Bienal de Veneza (1980, 2001, 2010) e Bienal de São Paulo (1992, 2002). Sendo, em 1997, o artista representante de Portugal na Bienal de Veneza. Expõe igualmente em vários museus portugueses e estrangeiros (Fundacção Calouste Gulbenkian, Fundação de Serralves, IVAM, Guggenheim de Nova Iorque, Stedelijk Museum e Tate Modern).
Apoio: Editora Gradiva