Exibição de vídeos de performances e filmes de artistas que questionam a relação do corpo performativo, com a arquitetura e a câmara. Projetos artísticos que assentam na relação profunda entre corpo-câmara ou corpo-arquitetura, aqui focados em espaços fechados. A escolha far-se-á directamente ora do arquivo da BoCA, ora via parcerias com outras instituições.

Em “Hard to be a god”, os espectadores assistem à performance através de uma janela de vidro que separa a ação do seu próprio corpo (protegido), como se fosse uma tela, enquadrando a ação no exterior.
Estamos a viver o fim da geografia. E um tempo inabitável. Não há mais espaço para a fisicalidade. O corpo protegido do espetador, dentro do edifício, é separado do corpo do intérprete (Romeu Runa), que trabalha num espaço natural. Neste trabalho há uma escuta profunda, amplificação, distorção e corte da / com a realidade, em uma composição em tempo real feita com elementos como o corpo, a arquitetura, a natureza e a cidade circundante, os sons da cidade e sons pré-gravados que fazem referência ao ar. Vivemos em um tempo aeropolítico. Drones virão para a vigilância de uma dança. Que dança é essa quando câmeras são armas apontadas para nós?