Héctor Zamora
Biografia
Héctor Zamora nasceu em 1974 na Cidade do México, onde vive e trabalha atualmente. O seu trabalho transcende o espaço de exposição convencional, reinventando-o, redefinindo-o, gerando fricção entre os papéis comuns de público e privado, exterior e interior, orgânico e geométrico, selvagem e metódico, real e imaginário.
A partir da sua experiência técnica e do seu conhecimento de estruturas arquitetónicas ligeiras, e de uma ênfase meticulosa no processo de concetualização e construção de cada peça, Zamora implica a participação do espectador e exige que este questione os usos quotidianos dos materiais e as funções do espaço. Através de ações determinadas e muitas vezes repetitivas, o artista provoca situações surpreendentes e inesperadas.
Entre os seus projetos mais recentes, realizou no início deste ano a performance “Quimera” para a edição de 2023 do Desert X em Coachella Valley (CA), que procurou tornar visíveis questões relacionadas com a migração e o sonho americano. Também este ano, o artista orquestrou “Delirio”, performance e exposição na galeria Labor em torno do mercado informal de nenúfares na Cidade do México. “Strangler” (2021) foi realizada para a Trienal de Bruges: a monumental estrutura de andaimes envolve completamente um grande pinheiro austríaco, tal como fazem as árvores estranguladoras que crescem nas florestas tropicais. “Lattice Detour” (2020), uma parede curva feita de tijolos de terracota, foi encomendada como uma instalação específica para o telhado do Met Museum. O muro modifica a vista do horizonte da cidade de Nova Iorque e dita um novo tipo de circulação no local. “Uma Boa Ordem” (2006-2019), instalada nos jardins da Casa Wabi (México), é constituída por 5 muros sinuosos que se integram na paisagem envolvente, funcionando como dispositivos de comunicação entre os visitantes e aproximando-os em vez de os separar.
Eventos
ORDEM E PROGRESSO
HÉCTOR ZAMORA
Na performance de 22 de março vemos um grupo de trabalhadores a destruir barcos de pesca, ação que dá lugar a uma instalação. "Ordem e Progresso" evoca a tradição marítima enraizada na identidade portuguesa e a promessa contida nas embarcações clandestinas de milhares de refugiados em perigosas travessias do Mediterrâneo.