Gary Hill (1951, Santa Mónica, Califórnia) é uma dos pioneiros da vídeo-arte, precursor da relação entre a arte e as novas tecnologias. Trabalhando e combinando o vídeo, a escultura, o áudio, a performance, o texto escrito e o texto falado, juntamente com todo o tipo de tecnologias modernas, incluindo software, hardware e dispositivos mecânicos, Hill é o principal precursor do atual florescer da vídeo-arte. Tem desenvolvido uma contínua e e impactante obra, em que a palavra e a imagem se combinam e confrontam, provocando e criando novos sentidos. Numa estimulante combinação de mídias, a comunicação com o espetador na sua obra é imediata. Nos anos 90, participou também numa performance multimédia da coreógrafa Meg Stuart (Damaged Goods). No diálogo com a literatura e a filosofia, a obra de Hill é hoje uma das principais referências para artistas que pensam sobre o tempo e a palavra.

Tem trabalhado com uma amplo espetro de mídia – incluindo escultura, som, vídeo, instalação e performance – desde o início dos anos 70, produzindo várias vídeo-instalações compostas por canais de vídeo individuais, instalações com diferentes suportes mídia e performance.

O seu trabalho tem sido apresentado em museus e instituições de todo o mundo, em várias exposições individuais desde 1990: no Museu de Arte Moderna de Paris, na Fondation Cartier pour l’art contemporain, Paris; Museu de Arte Moderna de São Francisco; Institute of Contemporary Art, Filadélfia; Centre Georges Pompidou, Paris; Guggenheim Museum SoHo, Nova Iorque; Museum für Gegenwartskunst, Basel; MACBA, Barcelona; Kunstmuseum Wolfsburg ou Museu de Arte Contemporânea de Montréal, Canadá, entre outros. Concebeu projetos comissionados para Science Museum em Londres, Seattle Central Public Library em Seattle e a nova San Diego Public Library em San Diego. Projetos especiais incluem a criação de uma instalação e performance para o Coliseu e para o Templo de Vénis e Roma, em Roma (2005). Em 2013 encenou a ópera “Fidélio” de Beethoven, na Ópera de Lyon e no Festival de Edimburgo.

Gary Hill recebeu vários prémios e menções honrosas, tais como o Leão de Ouro de Escultura na Bienal de Veneza (1995), o Prémio Kurt-Schwitters (2000) e é Doutor Honoris Causa da Academia de Belas Artes de Poznan, Polónia (2005) e Doutor Honoris Causa da Cornish College of the Arts, Seattle (2011).