No workshop, o músico italiano Marino Formenti propõe trabalhar com um grupo restrito de participantes em torno do que chama “performance musical sistémica”, apresentando as suas obras anteriores e o conceito de colocar a música em um sistema diferente de relacionamento com o público e o espaço. Após a apresentação, será proposto a cada participante conceber e realizar a sua própria performance musical, sozinho ou em grupo, de acordo com a sua própria ideia de música e de relação musical, e com a supervisão (e também, caso assim entenda, com a participação) de Marino Formenti. Breves performances musicais serão apresentadas no último dia do workshop, num espaço a anunciar em breve.
A sua combinação única de emoção e inteligência caracterizam-no como um dos músicos mais interessantes do nosso tempo, constantemente à procura de redefinir a experiência musical. Elogiado pelo Los Angeles Times como o “Glenn Gould do séc. XXI”, o seu gosto por experimentar combinações novas e inesperadas levou ao desenvolvimento de projetos únicos e de formatos alternativos de concertos, mas também a colaborações com alguns dos maiores compositores contemporâneos (Helmut Lachenmann, Gyorgy Kurtag, Salvatore Sciarrino) e encenadores (Rodrigo García, Tim Etchells ou Kris Verdonck).
Apresentado na 1a edição da BoCA, numa colaboração única com Ricardo Jacinto, em “Nowhere” Formenti tocava, dormia e comia durante várias semanas, continuamente, numa casa temporária aberta ao público, desejando “desaparecer” através da música. “One to One” é um projecto que foi produzido originalmente para a Art Basel e depois apresentado na Berlin Art Week, proporcionando um encontro musical de 2 a 10 horas com um só espetador de cada vez. Num dos seus últimos projetos, o filme “Schubert und Ich”, Marino Formenti ensaiava e acompanhava composições de Franz Schubert com não-músicos, guiando-os e inspirando-os através das suas próprias interpretações.
Biografia do artista
