Encantados por uma fórmula quase mágica, damos por nós submersos no mundo de Ulla von Brandenburg (1974), que tem vindo a construir um mundo entre a realidade e a ilusão, o passado e o presente, o sagrado e o profano, através da instalação, filme, performance e pintura.
“It has a Golden Sun and an Elderly Grey Moon” é o primeiro filme que Ulla von Brandenburg dedica à cor. Filmado no palco principal do teatro de Nanterre-Amandiers, trata-se de um longo e contínuo plano, sem edição; um “filme que dança”. “A ideia inicial era fazer um filme a cores, ao contrário do meu trabalho anterior. A partir do momento em que a cor entrou num dos meus filmes, decidi que o filme seria dedicado a ela. Os bailarinos estão num espaço branco, cada um erguendo um tecido tingido com uma cor viva”. O palco é constituído por duas escadas brancas que sobem até uma plataforma. A figura da “escada” é um tema recorrente na linguagem artística de Ulla von Brandenburg: por vezes derrubada nos seus espaços arquitectónicos, é também o primeiro passo da narrativa. Neste filme, a escada é uma forma de representar, física e simbolicamente, as relações de poder entre os homens e as hierarquias da autoridade.
Este é o primeiro filme em que Ulla von Brandenburg envolve bailarinos no seu trabalho. Eles manipulam os tecidos tingidos e tanto os panos como as cores se tornam os temas das suas interações e cerimónias. O seu movimento evoca a memória de rituais antigos e os seus corpos são vetores de ritmos instintivos – uma espécie de estado de consciência coletiva, que traz à lembrança as formas coreográficas da euritmia e da moderna dança expressionista.
Ulla Von Brandenburg
It has a Golden Sun and an Elderly Grey Moon
6 – 8 abril
Lisboa – Lisboa Bienal 2017 cinema
- Sessões
06 – 08.04.17
Lisboa, Lisboa
17:00, 23:00, 17:00, 21:00
- Informação de horários
-
6 Abril / 17:00 – 23:00
7 – 8 Abril / 17:00 – 21:00
- Informação adicional
- Em Loop
- Classificação etária
- M/6
- Apoio à apresentação
- Institut Français / Embaixada de França – Apoio no âmbito do foco sobre a criação contemporânea francesa em 2017