Rita GT é artista multidisciplinar, crítica e interventiva. No seu trabalho, aborda temáticas urgentes como a memória, a identidade, os direitos humanos e as relações coloniais, valendo-se de linguagens performáticas e visuais que, muitas vezes, implicam o seu próprio corpo. Em “Unearthing” (2021), Rita GT coloca em foco a colonização patriarcal, refletindo sobre o lugar das mulheres na política expansionista global, usando o barro, a cerâmica, e o canto como processos catalisadores. 

A vídeo-performance – culminar de uma residência artística que Rita GT realizou em 2018 no Yorkshire Sculpture Park, Reino Unido – apresenta a voz do grupo tradicional Cantadeiras do Vale do Neiva e o movimento das bailarinas Piny e Isa Santos, tendo como cenário o espaço da antiga Fábrica de Louça de Viana do Castelo. O elemento coral evoca canções e cantos que viajaram nas vozes das mulheres, preservando a sua diversidade linguística e os provincianismos presentes nas letras e na interpretação.  

“Unearthing” afirma-se, assim, como um ato de reconhecimento e de “desenterrar” da história esquecida das mulheres que, durante a era colonial, foram obrigadas a deixar as suas terras, as suas casas e a emigrar para vários pontos do mundo.

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