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Rosa. Espinho. Dureza.
Portugal | Espetáculo | Nova criação
Gabriel Ferrandini é um dos músicos mais promissores da cena musical contemporânea portuguesa. Tendo tocado em colaboração com alguns dos melhores músicos de jazz e da música experimental (Thurston Moore, Nate Wooley ou Alex Zhang Hungtai) e tocado em contextos muito diversos, a crítica nacional e internacional não lhe poupa elogios. Habituámo-nos a ver Ferrandini numa luta verdadeira com a bateria, num acto de pura celebração do presente. A convite da BoCA, o artista concebe a sua primeira criação de palco, partilhando-o com o ator Frederico Barata.
“Rosa. Espinho. Dureza.” é constituído por três actos: trabalho, sexo, amor. Como um tríptico, em que os conceitos e materiais estão inter-ligados, cada ato terá uma ação e um objecto para representar o respectivo “problema”, que serão repetidos exaustivamente, testando a persistência e concentração dos intérpretes e desafiando o público a acompanhá-los nesta exigente viagem física e musical.
Em palco, um actor e um baterista a fazerem de si mesmos. Regras, medo, preguiça e distração. Ferrandini diz-nos que “numa vida sem força e sem fé podemos acabar em repetições que não nos levam a lado algum mas que nos poderão trazer alguma validação social. Isto não garante que deixar de sofrer ou perder a esperança numa vida mais real e mais cheia.” No fim volta-se ao início, como num esforço cíclico, numa alusão ao mito de Sísifo. Haverá salvação possível? O que resta? A verdade do corpo e a fé que se encontra depois dessa violência trágica?
Concepção e direção Gabriel Ferrandini
Assistência de direção Filipa Matta
Com Gabriel Ferrandini e Frederico Barata
Técnico de som José Alho
Espaço cénico e desenho de luz António Júlio Duarte
Revisão de texto Paulo da Fonseca
Produção Murmuriu
Co-produção BoCA, Teatro Nacional D. Maria II, Teatro Municipal do Porto
Apoio à circulação Fundação GDA
Fotografia de promoção António Júlio Duarte
Registo fotográfico Bruno Simão e José Caldeira