Portugal | Performance e instalação | Nova criação

 

“Desdobra-se o espaço num covil de glamour prateado, tugúrio do cisqueiro urbano onde a arte floresce selvagem e indomada, marginal e redentora, para o acto suscitador da epopeia criadora, a farronfa do objecto. Um objecto que evoca outros objectos, livros, filmes, fotografias, músicas, bailados, discos, como um espectro invoca outras vidas e outras histórias, a encobrir e terrificar o presente com as pétalas descarnadas do passado e cujos ecos se fazem sentir como aparições doentias. Mas na projeção e exibição desse objecto o autor encontra a efémera flamância da glória divina e é para a sua magnificência, para o breve instante que a centelha perdura, que o altar é montado com a pompa e circunstância devidas a tão nobre ensejo.”

Adolfo Luxúria Canibal

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