Tadashi Kawamata (nascido em 1953 em Mikasa, ilha de Hokkaido, vive e trabalha em Tóquio e Paris) produziu obras arquitetónicas “in situ”, em todo o mundo. Em 1982, com apenas 28 anos, foi selecionado para a Bienal de Veneza e participou da Documenta de Kassel em 1987. Em 2005 assumiu a direção artística da Trienal de Yokohama. Professor na École des Beaux-Arts em Paris, expôs no Madison Square Garden em Nova Iorque em 2008, no contexto do do Evento em Bordéus em 2009, no Centre Pompidou em 2010, em Chaumont-sur-Loire em 2011, ou em Ghent e Abu Dhabi em 2012. Em 2013, participa na Art Basel, ergue a torre participativa Collective Folie no Parc Villette em Paris e, como parte de Marseille-Provence 2013, realiza a instalação in situ permanente “Les Sentiers de l’eau” ao longo do Camargue.
O trabalho de Kawamata reflete sobre o espaço arquitetónico, urbano ou paisagístico como um produto e contexto social. Um estudo cuidadoso das relações humanas que o definiram, bem como os estilos de vida que decorrem disso, permitem-lhe determinar progressivamente a natureza do seu projeto. As suas obras, maioritariamente efémeras, são geralmente feitas de madeira, às vezes sob a forma de materiais reciclados. As intervenções de Tadashi Kawamata recriam as pontes entre o passado e o presente, entre o exterior e o interior, entre o efetivo e o potencial: revelam outra identidade de espaços e lugares que realçam a parte invisível e real da sua dimensão cultural e social. A criação de uma comunidade com a qual ele compartilha a pesquisa e o esforço do trabalho físico anima e funda cada um de seus projetos.

 

“(Os Espacialistas), situando-se num território híbrido entre a arte contemporânea e a arquitectura (…) centram os seus projectos na compreensão das relações espaciais, na transfiguração e na metamorfose do espaço corporalmente e simbolicamente habitado.
Para isso realizam projectos nos quais se centram num lugar (como foi o caso dos projectos Os Espacialistas na mina, ou Os Espacialistas na quinta) para compreenderem as suas relações perceptivas, cognitivas, corporais e políticas específicas e mapeá-las através do uso da fotografia, por vezes do vídeo e da instalação. A fotografia possui uma enorme importância no seu trabalho pela sua possibilidade documental, mas também pela forma como pode proporcionar a manipulação e o engodo, parte essencial da ironia dos Espacialistas – de facto um colectivo que lida com a memória dos movimentos de vanguarda do século XX, Beckett e o situacionismo para construir abordagens derrisórias e incisivas nesse campo minado em que a arte se cruza com a arquitectura.” – Delfim Sardo

Apresentaram trabalho em locais tão diversos como o Museu da Electricidade (2008), Galeria Lagar de Azeite (2008), Galeria de Arte Contemporânea Paulo Amaro (2008), Ordem dos Arquitetos – OASRS (2008), Feira de Arte Internacional de Lisboa (2008), Laboratório de Atividades Criativas (2009), Centro Cultural das Caldas da Rainha (2009), Centro Cultural de Belém (2009/2011), Coreto do Jardim da Estrela (2009), Jardim da Torre de Belém (2009), Universidade Lusíada de Lisboa (2009), Centro Nacional de Cultura (2009), Auditório dos Oceanos (2010), Teatro da Trindade (2010), Universidade de Belas Artes do Porto (2010), Teatro do Campo Alegre (2010), São Luiz Teatro Municipal (2010/2011), Red Bull House Of Art (2011), Circuito Aberto de Arte Pública de Paredes (2012), Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto – FAUP (2013), 17ª Bienal de Cerveira (2013), livro “Atlas do Corpo e da Imaginação” de Gonçalo M. Tavares, Fundação Calouste Gulbenkian (2014/2015), Fábrica da Moagem de Tomar (2014), “Post Architectural Voices” (Espaço Mira, Porto, 2015). Projecto em Exposição: “Os Espacialistas no Palácio” (Março/Abril 2016), “LAR – Laboratório de Arte e Arquitectura” na Universidade Lusíada de Lisboa (2016/—-) e Loja do Espacialista no Centro Cultural de Belém ( 2017/ —-).

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