Filipa Francisco

 

Coreógrafa e performer.

Iniciou os estudos de Dança aos 11 anos na academia Almadense, com a Professora Maria Franco. Fez aulas na Companhia de Dança de Lisboa e no estúdio Rui Horta.

Continuou os seus estudos de Dança, Teatro, Improvisação e Dramaturgia, na Escola Superior de Dança, na Companhia de Dança Trisha Brown, no Lee Strasberg Institut, em Nova Iorque e com o dramaturgo André Lepecki. Trabalhou com os coreógrafos e encenadores Francisco Camacho, Vera Mantero, Silvia Real, Madalena Vitorino, Rui Nunes, Aldara Bizarro, Paula Castro, Bruno Cochat, Lucia Sigalho e João Garcia Miguel. Membro Fundador com Bruno Cochat da Cia Torneira, com a qual criaram a peça “Nu Meio” apresentada desde 1996.

Dos seus trabalhos destaca “Leitura de Listas”, em colaboração com André Lepecki, ”Dueto” e “Bicho” em co-criação com a coreógrafa Basca, Idoia Zabaleta. Desenvolveu durante nove anos um trabalho de formação e criação com reclusos do Estabelecimento Prisional de Castelo Branco, Projecto Rexistir (produção CENTA). Foi  coordenadora de “ Nu Kre bai bu onda”, projecto de formação em Dança e Criação no bairro da Cova da Moura, no qual criou “Íman” (produção Alkantara). Esta peça foi considerada pela crítica do Jornal  público, como melhor espectáculo de Dança de 2008. O seu espectáculo “A Viagem”  com grupos folclóricos, circulou em Portugal, Pais de Gales e Brasil. Projecto Espiões é o seu último trabalho, com Silvia Real, Miguel Pereira e Francisco Camacho.

 

 

Filipe Reis

 

Antropólogo, Professor no ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa e investigador no Centro em Rede de Investigação em Antropologia (CRIA).  Trabalhou durante muitos anos na área da antropologia da educação e, enquanto professor e investigador, tem-se envolvido em projetos de inovação pedagógica e de integração da investigação no  ensino superior. Trabalha e investiga na área da antropologia dos media e da tecnologia, com um enfoque na tecnologias de som e na problematização do conceito de paisagem sonora. Tem-se aventurado na produção de obras que procuram, de forma experimental, combinar arte sonora e antropologia.

 

 

Luis Bento Coelho

 

Eng. e Doutorado em Acústica; Especialista em Engenharia Acústica; Prof. de Acústica do IST, Univ. Lisboa; investigador nas áreas de acústica ambiental e paisagens sonoras; autor de livros e artigos técnico-científicos sobre som e ruído.

 

 

Paulo Raposo

 

Antropólogo, Professor no Departamento de Antropologia do Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE-IUL) e investigador do Centro em Rede de Investigação em Antropologia (CRIA). O seu interesse pelos estudos da performance levou-o a colaborar com diversas estruturas e eventos artísticos e faz parte da coordenação dos Seminários Nómadas em Estudos da Performance (desde 2015, Lisboa). Teve experiência profissional e formação em teatro.  Como ativista, pertenceu a vários coletivos e plataformas de atuação política em Portugal, tendo co-editado com John Dawsey o dossier sobre “Artivismo” (Cadernos de Arte e Antropologia, 2015). Parte da sua investigação sobre performances culturais foi reunida em diversas publicações nacionais e internacionais e na obra Por detrás da Máscara. Ensaio em Antropologia da Performance  (2011) e editou no Brasil o livro colectivo A Terra do Não-lugar. Diálogos entre performance e antropologia (2014).

 

 

Pedro Tudela

 

Nasceu em Viseu, em 1962. Concluiu o Curso de Pintura da Escola Superior de Belas Artes do Porto (ESBAP) em 1987. Professor Auxiliar da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto (FBAUP). Enquanto aluno da ESBAP, foi cofundador do Grupo Missionário: organizou exposições nacionais e internacionais de pintura, arte postal e performance. Participa em vários festivais de performance desde 1982. Foi autor e apresentador dos programas de rádio escolhe um dedo e atmosfera reduzida na xfm, entre 1995 e 1996. Em 1992, por ocasião da exposição Mute … life, funda o coletivo multimédia Mute Life dept. [MLd]. Enveredou pela produção sonora em 1992, participando em concertos, performances e edições discográficas, em Portugal e no estrangeiro. Cofundador e um dos elementos do projeto multidisciplinar e de música digital @c. Membro fundador da media label Crónica. Trabalha em cenografia desde 2003. Expõe individualmente com regularidade desde 1981. Participa em inúmeras exposições coletivas em Portugal e no estrangeiro desde o início da década de 80. Encontra-se representado em museus, coleções públicas e particulares. Vive e trabalha no Porto.

 

 

Vera Mantero

 

Estudou dança clássica com Anna Mascolo e integrou o Ballet Gulbenkian entre 1984 e 1989. Tornou-se um dos nomes centrais da Nova Dança Portuguesa, tendo iniciado a sua carreira coreográfica em 1987 e mostrado o seu trabalho por toda a Europa, Argentina, Brasil, Canadá, Coreia do Sul, EUA e Singapura.

Desde 2000 dedica-se também ao trabalho de voz, cantando repertório de vários autores e co-criando projectos de música experimental.

Em 1999 a Culturgest organizou uma retrospectiva do seu trabalho até à data, intitulada “Mês de Março, Mês de Vera”.

Representou Portugal na 26ª Bienal de São Paulo 2004, com Comer o Coração, criado em parceria com Rui Chafes. Em 2002 foi-lhe atribuído o Prémio Almada (IPAE/Ministério da Cultura) e em 2009 o Prémio Gulbenkian Arte pela sua carreira como criadora e intérprete.