Coreógrafa e bailarina, Tânia Carvalho cria também música e desenhos. Na BoCA, a artista dá a conhecer uma faceta mais desconhecida do seu trabalho: o desenho, catalisador das suas ideias cénicas, a partir das quais todas nascem. “Toledo” é uma exposição de desenhos inéditos, vista como uma extensão do seu trabalho coreográfico pela representação de lugares da imaginação impossíveis de concretizar com bailarinos.

Nas suas peças de dança, assim como nos desenhos desta a exposição, emergem da sua linguagem, monstruosa e onírica, referências ao barroco e ao grotesco. Em “Toledo” as coreografias de corpos que a um primeiro olhar parecem levianas são simultaneamente carnavalescas e macabras, como que retiradas de rituais, de bandas desenhadas ou de livros de terror.

Numa amálgama de corpos que caem, puxam, se agarram, se espalmam, riem ou choram, entre o extavagante e o irracional, Tânia Carvalho cria paisagens e figuras abstratas constituídas por corpos individuais. Os desenhos que a artista concebe são uma continuação – ou um primeiro gesto – do questionar a condição humana, a solidão e o seu lugar no mundo.

 

 

Co-produção BoCA, Palácio Viscondes de Balsemão/Câmara Municipal do Porto

 

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