STIMMUNG
Portugal | Concerto
“Stimmung” (1968) é uma das mais notáveis e fundamentais obras de Stockhausen, um dos maiores compositores do séc. XX. Concebida para seis vozes solistas, a obra é agora deslocada, numa resposta ao seu radicalismo e ao seu sentido de religiosidade, para um dos templos da nossa contemporaneidade, uma discoteca (Lux), no contexto da BoCA – Biennial of Contemporary Arts.
Em resposta a uma encomenda para o Collegium Vocale da Rheinische Musikschule de Colónia, Stockhausen inspirou-se na sua recente viagem ao México para dar forma a “Stimmung”. Ao longo de um mês, o seu interesse e consequente exploração das ruínas maias e aztecas, assim como os rituais (“alguns muito cruéis”) que ali tinham lugar, levaram-no a tentar imaginar-se parte daqueles povos, assistindo às suas cerimónias: “tendo-me tornado um maia, um tolteca, um zapoteca ou um azteca – tornei-me parte do povo”.
De regresso, ao instalar-se com a família em Long Island, passaria para a música a sua relação com a arquitetura dos templos – subindo em ascensão ao céu e com faces indutoras de quietude ou de mudanças bruscas. A obra é baseada em séries harmónicas e compõe-se de 51 secções, com evocação de “Nomes Mágicos” (de deuses) e a interpretação de poemas que definem o aspecto meditativo e o simbolismo da obra.
Solistas do Coro Gulbenkian
Mariana Moldão Soprano
Rosa Caldeira Soprano
Joana Esteves Contralto
Frederico Projecto Tenor
João Afonso Tenor
Pedro Casanova Baixo
Jorge Matta Direção Artística
Fábio Cachão Assistência Musical
Produção: Fundação Calouste Gulbenkian / Gulbenkian Itinerante
Apoio: Lux/Frágil