
ECOTEMPORÂNEOS: Mamadou Ba
ECOTEMPORÂNEOS
Literatura em espaços verdes
Convidada: Mamadou Ba (ativista político, tradutor, dirigente SOS Racismo)
Livro escolhido: “Erosão” de Gisela Casimiro
Moderação: Claudia Galhós
Espaço verde: Jardim do Museu de Lisboa / Palácio Pimenta (Campo Grande)
Entrada livre, limitada à capacidade do espaço.
Inscrição: info@bocabienal.org
> Sessão com intérprete de Língua Gestual Portuguesa e oferta do livro em braille para deficientes visuais
Ecotemporâneos partilham um mesmo tempo (contemporâneo) e um mesmo espaço (meio ambiente) em torno da literatura e do lugar.
Em cada sessão, conhecemos a história daquele jardim pelo seu jardineiro, um convidado especial escolhe um livro e apresenta-o na relação com aquele lugar.
Aberto, inclusivo e acessível, as sessões do Ecotemporâneos contam também com um intérprete de Língua Gestual Portuguesa e são produzidos e distribuídos livros em braille, tornando acessível a leitura e o diálogo entre todos.
A BoCA, em parceria com a EGEAC, continua a desenvolver este projeto que ocupa os espaços verdes da cidade, promovendo a sua acessibilidade e fruição através da literatura. Nas sessões anteriores, contámos com diferentes convidados, tais como Matilde Campilho, Dulce Maria Cardoso, João Pedro Vale & Nuno Alexandre Ferreira, Albano Jerónimo, Capicua, Teresa Villaverde, Julião Sarmento, Mariana Monteiro ou Tiago Rodrigues.
Mamadou Ba é licenciado em “Língua e Cultura Portuguesa” pela Universidade Cheikh Anta Diop, em Dakar (1997) e titular de um Certificado em ‘Tradução’ pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (1998). Cidadão português nascido no Senegal, vive em Portugal há mais de 24 anos, dedicando -se desde então ao ativismo antirracista. Membro fundador de várias organizações de defesa dos direitos humanos dos migrantes e das pessoas racializadas de âmbito nacional e europeu. Integrou conselhos científico de vários projetos de investigação académica enquanto consultor. Participa como docente em muitas Escolas de verão do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, relacionadas com a temática do (anti)racismo. Foi membro do Conselho Permanente da Comissão Nacional para a Igualdade e Contra a Discriminação Racial (2015-2019), do Grupo de Trabalho para o Censo 2021 e também membro do Fórum Permanente da Década Internacional para os Afrodescendentes. Pertence ao Movimento SOS Racismo, desde 1999. Em 2020, integrou a o Jurí da Competição Internacional do Festival Indie Lisboa. É atualmente membro do Grupo de Trabalho Nacional para a Prevenção e Luta contra a Discriminação Racial e do Steering Committee of the Equinox Initiative for Racial Justice. É coautor de vários documentos públicos sobre racismo e direitos humanos e autor de vários artigos em jornais, revistas e livros bem como orador em várias conferências sobre temas relacionados com a imigração, a diversidade étnica e o antirracismo. É uma das vozes proeminentes do movimento antirracista em Portugal e tem denunciado a proliferação do discurso de ódio nas redes sociais, no espaço público e político. No âmbito de um programa de Apoio especial a projetos de investigação sobre o impacto da pandemia da COVID-19 nos crimes de incitamento ao ódio e à violência e no discurso de ódio, enquanto membro da equipa do projeto “Dinâmicas dos discursos de ódio e xenofobia em tempos de pandemia”, Mamadou Ba será responsável pela articulação com decisores políticos e atores nos estudos de caso.